Toda comunidade tem um porta-voz. Aquela pessoa que apresenta as lives, responde todas as dúvidas e cria os tópicos mais importantes.
Todos os membros do grupo o conhecem, todos na empresa o procuram quando precisam saber da comunidade. É como se ele fosse a personificação da própria comunidade, certo?
E quando essa pessoa sai da comunidade, da empresa ou muda de função; o que acontece?
Geralmente é feito um comunicado informando a saída do porta-voz, que foi tudo amigável e que não há ressentimentos!
Se a saída foi planejada (quase nunca é), também será apresentado um novo representante, cuja primeira tarefa será conter a crise de confiança dos membros que perderam a única referência que tinham.
Tudo porque o valor da comunidade estava atrelado àquele indivíduo que ocupava o papel de porta-voz, e não ao grupo.
Como community builder é um grande desafio não se promover como porta-voz. Você precisa aparecer muito ao mesmo tempo em que não pode ser visto como o detentor da verdade, a única voz sensata ou o dono da comunidade.
É uma linha tênue. Mas ser o único profissional de comunidade não é desculpa para cruzá-la.
Recentemente, uma pesquisa mostrou que 34% dos times de comunidade são equipes de uma pessoa só. Porém, mesmo quando o time é só você, é possível integrar outros setores da empresa e compartilhar responsabilidades.
Use sua posição de visibilidade para desenvolver a autonomia da sua comunidade. Coloque outras pessoas em foco, treine lideranças, convide os membros para falar.
No fundo, a função de líder da comunidade não é tão diferente da de gestor de pessoas…
Você pode até ser o porta-voz, a pessoa que ocupa a linha de frente diante da equipe. Mas se quando tira férias o seu time não bate metas, então você simplesmente não está fazendo bem o seu papel.